CRAVO-DA-ÍNDIA

O cravo-da-Índia ou craveiro-da-Índia é uma árvore nativa das ilha Molucas, na Indonésia e sua utilização como condimento na culinária é feita a mais de dois mil anos. O ocidente só conheceu essa especiaria quando os árabes levaram para a Europa por volta do século IV.Além do uso na gastronomia esse condimento também é usado na área medicinal. Os chineses utilizam o cravo como um poderoso anti-séptico há mais de mil anos e acreditam também, que o cravo tenha poder afrodisíaco.

Durante muito tempo, o cravo foi considerado raro e tinha grande valor no mercado. Os responsáveis por seu descobrimento e origem, além do valor no comércio foram os portugueses na época das embarcações. No século XVI, um quilo de cravo-da-Índia tinha o mesmo valor de sete gramas de ouro. Hoje em dia, a especiaria é cultivada em diversas regiões do mundo como as ilhas de Madagascar e Granada. Aqui no Brasil, o estado produtor do cravo é a Bahia. Conhecidos como “girofleiros” as árvores chegam até 15 metros de altura e são consideradas adultas antes dos 20 anos. Elas podem dar frutos por mais de meio século.

A colheita é feita duas vezes no ano – no final do verão e na metade do inverno. O tom da cor castanho escuro acontece com a secagem dos cravos ao sol durante vários dias, onde perdem dois terços de seu peso.
Aromatiza e enfeita na apresentação do prato com o aroma intenso, sabor marcante quando consumido sozinho deixa a sensação de dormência na boca. Mas quando cozido com outros ingredientes a sensação é atenuante. Na gastronomia indiana como na brasileira e portuguesa, os cravos são usados os doces de ovos, como guarnição nas frutas e também em assados. Na França o condimento é utilizado como aromatizante de pratos em cozimentos. Nos Estados Unidos são espetados no tender e na Alemanha é incorporado nos pães. Há aqueles que ainda fumam cigarros de cravo deixando o ambiente todo aromático e exótico.